Secretariado executivo é a terceira profissão
que mais cresce no mundo.
De acordo com a
Federação Nacional das Secretárias e Secretários, o salário de uma secretária
executiva varia entre R$ 1.052 (nível médio) e R$ 7 mil
Não há uma estatística
apontando quantos secretários executivos existem, mas a Organização das Nações
Unidas (ONU) diz que a profissão é a terceira que mais cresce no mundo. E num
Brasil em pleno desenvolvimento este profissional está cada vez mais requisitado
e valorizado. De acordo com a Federação Nacional das Secretárias e Secretários
(Fenassec), o salário de uma secretária executiva varia entre R$ 1.052 (nível
médio) e R$ 7 mil (nível superior numa empresa de grande porte).
Consuelo Aparecida Moco
Rosa Fradique, consultora de RH do Centro Nacional de Estudos e Projetos
(Cnep), afirma que o mercado está exigindo profissionais não só bilíngues, mas
também trilíngues.
“A procura por secretários executivos com esse perfil é grande em empresas multinacionais e nacionais públicas ou privadas que fazem negócios com outros países. Hoje, além do inglês e do espanhol, outros idiomas também são valorizados, como o mandarim, o japonês e o árabe”, diz.
“A procura por secretários executivos com esse perfil é grande em empresas multinacionais e nacionais públicas ou privadas que fazem negócios com outros países. Hoje, além do inglês e do espanhol, outros idiomas também são valorizados, como o mandarim, o japonês e o árabe”, diz.
Consuelo Fradique aponta
que o salário de uma secretária que fale duas ou três línguas pode ser quatro
vezes maior.
“Tomando como teto máximo
de salário de R$ 1,6 mil de uma secretária com nível técnico, ela pode ver a
sua remuneração quadruplicar sendo bilíngue ou trilíngue”, calcula.
A consultora de RH da
Cnep avalia que o mercado está carente quando se trata de profissionais
graduados.
“Existe uma carência
muito grande de mão de obra qualificada em nível superior. Por isso, a disputa
por esse profissional é acirrada. Quem está aproveitando são os estagiários de
cursos de graduação de secretariado executivo que podem receber até R$ 1 mil.
Muitos deles, antes mesmo de se formar, já estão sendo absorvido pelo mercado”.
Espaço – Num mercado dominado pelas mulheres, a consultora da Cnep comenta que
há espaço para os homens. “Segundo a Fenassec, hoje os homens dominam 5% deste
mercado, em média”, cita.
Bernadete de Lourdes
Silva do Prado, coordenadora do curso de Secretariado Executivo Trilíngue da
Estácio de Sá, conta que tem recebido matrículas de homens.
“Atualmente temos recebido
um número cada vez maior de alunos do sexo masculino. O que já parece ser o
reflexo de uma mudança no mercado”, comenta.
Já Luciana Marson,
coordenadora do curso de Secretariado Executivo da Universidade Unigranrio,
avalia que o mercado ainda é preconceituoso. “Aos poucos está mudando.
Contudo, até hoje somente cinco rapazes concluíram o curso que existe desde
1994”.
Gestor de informações
Consuelo Fradique do Cnep
lista os aspectos avaliados na hora de se contratar uma secretária executiva.
Segundo a consultora em RH, ter curso superior, domínio dos programas do MS
Office, excelência no atendimento e fluência em dois idiomas são sempre
exigidos.
“O profissional
secretário executivo, hoje, não cumpre mais tarefas de apoio e sim de
complementação das atividades. É peça estratégica, pois atua como gestor de
informações da empresa e do seu executivo. Tem que ser alguém que circule com
facilidade por todos os setores da organização e saiba delegar as
responsabilidades para as pessoas certas”, enumera.
São profissionais que
trabalham junto à gerência, diretoria, vice-presidência e presidência das
companhias”, conclui.
A coordenadora do curso
da Unigranrio, Luciana Marson, dá algumas orientações no que se refere a
postura profissional.
“A pessoa deve ser proativa
e empreendedora com capacidade de gerar soluções inovadoras. Precisa ter
habilidades de planejamento e capacidade de assumir riscos”, ensina a
coordenadora do curso da Unigranrio, que é de três anos e abre 30 vagas por
semestre.
Samantha Brandão Provietti,
de 26 anos, aluna do curso de Secretariado Executivo da Unigranrio, está
estagiando numa empresa pública há um ano. Farmacêutica de formação, ela
abandonou a profissão há dois anos para se dedicar à nova carreira.
“Por não estar mais
satisfeita como a área de Farmácia decidi pesquisar sobre o curso de
Secretariado. Adorei as matérias e a ideia de trabalhar no meio”, frisa.
Samantha está cursando
inglês e espanhol e pretende fazer pós em Relações Internacionais. “Em julho
deste ano concluo a graduação em Secretariado Executivo na Unigranrio. A minha
prioridade é terminar meus cursos de idiomas e depois tentar uma especialização
em Relações Internacionais”, planeja.
Extraído de: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/empregos-e-negocios/secretariado-executivo-em-desenvolvimento
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